E na quarta-feira, 18/04, a primeira aparição do Super-Homem completou oito décadas. Sim, foi em abril e não junho de 1938. A data na capa da revista era, na verdade, um prazo limite para seu recolhimento das bancas.
Publicado nas páginas da Action Comics número um, o personagem, que teve um começo humilde e uma tortuosa trajetória, nas décadas seguintes viria a definir o gênero de quadrinhos de super-heróis.
O último sobrevivente do planeta Krypton rompeu paradigmas. Atravessou o século XX, alterando seu visual, ganhando a cara de cada década, mas acima de tudo, se propondo a ser uma figura inspiradora, dotada de valores éticos e humanitários. Bem diferente de sua primeira versão, publicada em um fanzine Joe Shuster e Jerry Siegel, na qual surgia como um vilão disposto a conquistar o mundo com poderes mentais.
Ao contrário de anti-heróis, tão em voga desde os anos 80, o Super-Homem baseia suas ações em sólidos valores morais, frequentemente, com o sacrifício de sua própria vontade. Bondade, compaixão e abnegação são valores humanos, que ele aprendeu com seus pais adotivos, Martha e Jonathan Kent.
Um herói que, a pretexto de vencer o mal, se quisesse, poderia se tornar o governante da Terra, mas não o faz, em hipótese alguma. Talvez essa ética e esses valores, mais do que seus superpoderes, sejam a chave de sua popularidade nos quadrinhos, no cinema e na TV.
Para comemorar o aniversário de um de seus maiores ícones, a DC Comics atrasou a edição número 1000 da Action Comics para que coincidisse com a data da primeira aparição do herói.
O personagem, aos 80 anos, ainda dá mostras de vitalidade, mesmo diante do conturbado cenário político e social desse início de milênio. Se depender dos fãs, sua lenda viverá por outras oito décadas, ou mais. Feliz aniversário, Kal El / Clark Kent!